Durante todo o mês de setembro, o debate sobre saúde mental está em evidência. Algo essencial na quebra de tabus acerca de doenças, como a depressão. O Brasil é o país que lidera o ranking de pessoas com essa condição diagnosticada, na América Latina, números que aumentaram com o isolamento social, devido à pandemia de COVID-19. Por isso, é muito importante que saibamos como podemos identificar e acolher pessoas que apresentem sintomas depressivos ou com tendências suicidas
Segundo a psicóloga e professora universitária, Polyana Fernandes, a instalação de sintomas depressivos geralmente decorre de forma singular, variando de pessoa para pessoa. Porém, alguns sinais são comumente associados a esse transtorno. “Mudanças em relação ao humor, perda de prazer em atividades consideradas anteriormente prazerosas, distúrbios de sono, sentimentos de inutilidade, de deslocamento ou de culpa e pensamentos recorrentes sobre morte podem fazer parte da vida de alguém que está deprimido”, destaca a psicóloga.
Após verificar que esses sentimentos e ações estão mais recorrentes, o próximo passo é oferecer ajuda. Como explica Polyana: “acolher a pessoa em sofrimento é o primeiro passo para que ela se sinta integrada a uma rede de apoio.”. Algumas ações são simples, entre elas:
– Ouvir sem julgamentos;
– Procurar um especialista que avalie o caso;
– Oferecer possibilidades de diversão e lazer;
– Criar estratégias para enfrentamento da situação.
Como o transtorno depressivo ainda é estigmatizado, pode ser difícil para a pessoa se abrir. Porém, com muita atenção e carinho, é possível escolher o melhor caminho e ajudar, não apenas no Setembro Amarelo, mas todos os dias!